
Pesquisadores de Harvard acompanharam mais de 70 mil pessoas por 16 anos e descobriram que a religião tem impacto na saúde e na longevidade. O estudo foi publicado no Journal of American Medical Association (JAMA) e apresentado no programa CNN Sinais Vitais no sábado (15).
Os resultados mostram que frequentar grupos religiosos pelo menos uma vez por semana reduz em 50% a mortalidade geral. Esse dado foi ajustado para fatores como sexo e idade, garantindo a confiabilidade da pesquisa.
Além da longevidade, a religiosidade está associada a menos depressão e recuperação mais rápida de transtornos emocionais. Também há redução no uso de drogas e menores índices de suicídio.
Outro benefício identificado é a melhora na qualidade de vida e bem-estar geral. Esses efeitos positivos reforçam a importância da espiritualidade na abordagem da saúde.
O professor Alexander Moreira Almeida, da Universidade Federal de Juiz de Fora, destacou que a conexão com o sagrado está presente em todas as culturas. Para ele, a ciência deve investigar o tema sem preconceitos.
Segundo Almeida, milhares de estudos já apontaram essa relação entre religião e saúde, mas ainda há muito a ser explorado. Ele defende pesquisas rigorosas para compreender melhor esses fenômenos.
“Não podemos negar esse impacto, nem assumir que já temos todas as respostas”, concluiu o especialista.
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